Crítica | Projeto Gemini

Esplendoroso visualmente, o longa também se destaca por trazer Will Smith em uma de suas melhores performances.

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Que Will Smith é um ator respeitado, renomado e super aclamado todos sabemos. Todos sabemos que Smith é um show de simpatia e não precisa de muito para que seus filmes façam sucesso. Além de contar com a presença do ator de “Um Maluco no Pedaço” em seu elenco, Projeto Gemini também se vende por reinventar o formato 3D; que há muito se encontra saturado. É fácil dizer o longa tem tudo pra ser um sucesso, mas será que realmente é isso tudo que todos falam e acham? Será que a nova tecnologia usada no filme reinventou um formato em declínio?

“Projeto Gemini” foca Henry (Will Smith), o melhor agente de campo de uma agência secreta (D.I.A), que reconhece não ser mais apto à sua profissão e decide se aposentar. Henry busca apenas por paz, tranquilidade e seguir com uma vida normal que nunca teve, mas tem seus planos interrompidos pela agência que trabalhou e agora o quer morto.

Ao tornar-se foragido, o caminho de seu personagem se cruza com o de Danny (Mary Elizabeth Winstead) e ambos entram numa jornada para se manterem vivos, com a ajuda de seu amigo Baron (Benedict Wong). Ao lutarem por sua sobrevivência, ambos são perseguidos por um novo agente tão bom quanto Henry, até descobrirem que o assassino desconhecido é um clone do próprio Henry, criado pela D.I.A.

A trama é muito bem desenvolvida e se desenrola de maneira fácil e sem grandes complicações. O enredo do longa é bem simples, mas o roteiro é muito elaborado e consegue transmitir tudo ao espectador e todas as informações que precisamos; as emoções, as ações, cada palavra dita tem um propósito – É fácil perceber isso nos diálogos cheios de emoção entre Henry e seu clone. As camadas de todos os personagens são bem expostas e é fácil entender a motivação de cada um deles ali.

O principal destaque aqui vai para o visual do filme que está esplêndido. O longa traz uma nova tecnologia de aperfeiçoamento de 3D dando um novo significado ao formato. Rodado em um formato evolutivo , o 3D+ , a produção foi filmada com 120 quadros por segundo e projetada em 60 quadros por segundo, o dobro das projeções tradicionais que são de 24 quadros, e dá ao público uma experiência de 3D ainda mais imersiva e amplificado. A fotografia fica muito mais ampla, com cores mais vibrantes, e hiper-realista. A nova tecnologia deixa tudo muito mais exuberante e te faz ter a sensação de estar vendo tudo aquilo como se estivesse no set de filmagem – É realmente impressionante!

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Outro destaque fica para o CGI que está impecável e muito bem executado; é fácil esquecermos que o rejuvenescimento de Will Smith é mera computação gráfica. As cenas de luta são espetaculares e muito bem coreografadas também merecem um grande destaque e são de te fazer ficar na pontinha da cadeira e angustiado. A sonoplastia e a trilha sonora. Os sons ambientes são muito perceptíveis, mas não ponto de afetar os sons que realmente são necessários; os sons de tiros são de dar sustos. A trilha sonora não é invasiva e só aparece quando necessário.

Tudo isso é fruto de uma boa direção, que ficou por conta de Ang Lee, renomado diretor, e um dos mais versáteis de Hollywood, que coleciona sucessos. É compreensível o fato de o cineasta ter esperado mais de uma década para fazer esse filme e lança-lo. Assim como James Cameron aguardou por tanto tempo para fazer “Alita: Anjo de Combate”, Lee também acertou em lançar “Projeto Gemini” em 2019, com uma vasta tecnologia e de quebra ainda reinventar o 3D como o conhecemos.

“Projeto Gemini” é uma profusão de sensações: Angustiante, surpreendente e visualmente revolucionário. É o filme que precisávamos para dar uma renovada no famigerado 3D e trazer uma novidade tecnológica que há muito não se via. É recomendável que você assista na melhor sala, na maior tela possível e com o melhor áudio para uma máxima experiência.

Assista ao trailer:

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