Pedro Almodóvar afirma que há falta de sexualidade nos filmes de super heróis
Cineasta juntou-se a polêmica sobre filmes de heróis, principalmente os da Marvel
Filmes de super heróis, principalmente os da Marvel, tem estado na boca do povo nestes últimos tempos, principalmente nas falas de cineastas. Após criticas vindas de Scorsese e Coppola, o brilhante diretor espanhol Pedro Almodóvar (“Tudo Sobre Minha Mãe“) criticou os filmes de super-heróis no geral, por não terem sexualidade e apresentarem personagens que parecem castrados.
“[Nos Estados Unidos], talvez, exista uma autocensura que não permite que os roteiristas escrevam outros tipos de histórias. Existem muitos, muitos filmes sobre super-heróis. E a sexualidade não existe para eles. Eles são castrados. Há um gênero não identificado, a aventura é mais importante.” disse Almodóvar em entrevista ao site Vulture. “Já em filmes independentes, existe mais sexualidade. O ser humano tem muita sexualidade! Eu sinto que, na Espanha, eu tenho muita mais liberdade do que teria se trabalhasse nesse país.“
Coppola e Scorsese foram mais radicais, afirmando que os longas são desprezíveis e não deveriam invadir os cinemas, respectivamente. Pedro Almodóvar recentemente lançou o maravilhoso “Dor e Glória” (2019), que mescla tanto ficção quando sentimentos e fatos relacionados a vida do premiado diretor.
Atores como Robert Downey Jr. (“Homem de Ferro“) e Samuel L. Jackson (“Pulp Fiction: Tempo de Violência“), que atuaram em longas da Marvel, responderam aos comentários anteriores de Scorsese e Coppola, contribuindo ainda mais para a polêmica que circunda as redes. Além deles, o diretor James Gunn (“Guardiões da Galáxia“) afirmou que é um grande fã dos cineastas e se sentiu muito triste com suas falas.
Neste momento, Coppola está trabalhando no projeto de um épico denominado “Megalopolis“, que já desenvolve há 20 anos. O cineasta tem, há algum tempo, se afastando da cadeira de diretor, estando longe das telonas por um bom tempo e se dedicando a sua vinícola.
A fase 4 da Marvel já foi anunciada e deve começar a chegar aos cinemas logo. Já o novo filme de Scorsese, “O Irlandês“, será uma adaptação do livro “I Heard You Paint Houses” (2003) de Charles Brandt e uma ambiciosa junção entre os três maiores atores dos filmes de máfia da história: Robert DeNiro (“Taxi Driver“) Al Pacino (“Um Dia de Cão“) e Joe Pesci (“Casino“), com 3 horas e 30 minutos de duração, será o filme mais longo do cineasta.
Os efeitos especiais necessários para o filme aumentaram em muito seu orçamento, sendo este o mais caro do diretor e custando, segundo o Collider, U$$ 160 milhões. DeNiro irá ser rejuvenescido, pois segundo Scorsese, o intuito do filme é narrar os acontecimentos “do ponto de vista de caras mais velhos olhando pro passado, nada de correria.”
“O Irlandês” tem direção de Scorsese e roteiro de Steven Zaillan, com estreia prevista em alguns poucos cinemas dos EUA para 1 de novembro e na Netflix para 27 do dito mês. O longa contará a história do veterano de guerra Frank Sheeran (DeNiro), assassino profissional ligado a máfia e ao assassinato do líder sindical Jimmy Hoffa (Pacino).
Confira o trailer: