A filha de Bruce Lee, Shannon Lee, não está nada feliz com a forma que seu pai foi retratado no novo filme de Tarantino. Era uma vez em Hollywood é uma mistura de fatos e ficção para homenagear o fim da era de ouro em Hollywood.
O filme apresenta uma cena de flashback em que o personagem de Brad Pitt, Clive Booth; relembra um desentendimento que teve com Bruce Lee, que é trazido à vida pelo ator Mike Moh.
Na cena, Booth e Lee, brigam durante as gravações de o Besouro verde. Os dois trocam insultos e lutam na cena em questão, com Booth saindo vitorioso da cena.
O filme faz um retrato bastante infeliz de Bruce lee, o deixando parecer arrogante, idiota e estourado.
Shannon afirmou ainda que o retrato de Lee foi particularmente entristecedor. Considerando que o cenário do final dos anos 1960 do filme foi uma época em que os atores não brancos enfrentavam muito racismo: “Eu posso entender todo o raciocínio por trás do que é retratado no filme.
Eu entendo que os dois personagens são anti-heróis e isso é como uma fantasia de raiva do que aconteceria. E eles estão retratando um período de tempo que claramente tinha muito racismo e exclusão. Eu entendo que eles querem fazer o personagem de Brad Pitt este super badass que poderia bater em Bruce Lee. Mas eles não precisavam tratá-lo da maneira que a Hollywood branca fazia quando ele estava vivo”.
O site The Wrap também falou com o biógrafo de Bruce Lee, Matthew Polly; que também discordou da maneira como foi retratado no filme de Tarantino.
No entanto ele tem uma teoria sobre o porque a cena foio feita assim: “Eu suspeito que Tarantino sentiu a necessidade de derrubar Bruce porque a introdução de artes marciais orientais por Lee na coreografia de luta de Hollywood representava uma ameaça ao sustento de velhos dublês ocidentais como Clive Booth (Brad Pitt); que muitas vezes eram incapazes de lutar. Adaptando-se a uma nova era, e as nostálgicas e simpatizantes revisionistas do filme são inteiramente com os caubóis ”.
Fonte: Screenrant