Crítica | O Doutor da Felicidade

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“O Doutor da Felicidade”, produção francesa com o ator Omar Sy, estreia direto em Streaming no dia 19/07. (? Mars Films / Divulgação)

O caminho percorrido por um filme para chegar aos cinemas é tortuoso. Em meio à festivais, patrocínio, visibilidade e concorrência, muitos acabam não conseguindo um lugar ao sol, ou melhor, nos cinemas. Isso acaba sendo ainda mais comum com aqueles fora do eixo Hollywood, e a solução é o lançamento direto em Home Video ou Streaming.

O filme O Doutor da Felicidade, uma produção francesa, faz parte desta fatia, e será lançado diretamente em streaming nesta quinta-feira, dia 19 de Julho.

Dirigido pela francesa Lorraine Levy (O Filho do Outro), o longa-metragem tem em seu elenco os atores Omar Sy (Intocáveis), Alex Lutz (O Que as Mulheres Querem) e Ana Girardot (Grandes Amigos).

O elenco é encabeçado pelo ator francês Omar Sy, sem dúvida o nome mais famoso na produção, após seu “estouro” no filme Intocáveis, papel que lhe rendeu visibilidade e participações em filmes maiores, como por exemplo Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros (2015), Inferno (2016), e Transformers – O Último Cavaleiro (2017).

Em O Doutor da Felicidade ele interpreta o médico Knock, um charlatão que atua em uma aldeia francesa, e convence os habitantes do lugar de que eles estão sofrendo de doenças na maioria das vezes inexistentes. Entre eles está a bela jovem Adele (Ana Girardot), por quem Knock acaba se apaixonando.

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O roteiro é simples, e gira em torno de Knock, visto como um forasteiro desconhecido no início, mas que logo vai ganhando a simpatia dos habitantes, que com o tempo passam a respeitá-lo. Knock logo deixa para trás a desconfiança dos aldeões e passa a ser digno da amizade deles, através de seus métodos de trabalho um tanto incomuns.

O grande destaque é a atmosfera leve e descontraída, que permeia praticamente todos os 114 minutos da projeção. Nenhuma situação, por pior que seja, consegue atravessar o clima gracioso. Alguns desdobramentos na história até pedem um pouco mais de seriedade, mas ela é logo deixada de lado. É como se O Doutor da Felicidade tivesse a missão de se manter sempre centrado em seu clima calmo, e nunca se permitisse perturbar essa calmaria.

A trilha sonora é elegantemente divertida. Aliás, diversão é a palavra chave aqui. O humor está sempre presente, e isso rende interpretações quase caricatas em alguns momentos, o que leva o filme a um nível de comédia quase pastelão.

Com um destaque maior à diversão, O Doutor da Alegria acaba investindo pouco na história de amor entre Knock e Adele. O resultado é um romance morno e mal desenvolvido, que acaba deixando a desejar e gerando pouca empatia na plateia, e leva a uma sensação de “tanto faz”.

No fim das contas, o filme é só mais uma produção alegre e divertida entre tantas outras, e não possui nada de extraordinário. Mas vale a distração.

Assista ao trailer:

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