Crítica | Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Nova aventura que quase deu totalmente certo!

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Pouca gente sabe, mas Jumanji é um livro infantil de fantasia, cheio de ilustrações do escritor americano, especialista em literatura para as crianças, Chris Van Allsburg, publicado originalmente em 1982. No Brasil, a obra foi publicada pela extinta editora Cosac Naify, que encerrou suas atividades em 30 de novembro de 2015.

Segundo a sinopse do livro, enquanto seus pais saem à noite, Judy e Peter Shepherd, depois de brincar com alguns brinquedos, ficam entediados e decidem ir ao parque. Lá eles encontram um jogo de tabuleiro chamado Jumanji. Os dois jovens heróis desta aventura são atraídos para um universo fantástico, onde a vida cotidiana é de repente invadida por animais como leões, macacos, rinocerontes e cobras escapando do jogo para invadir a cidade.

Alguns anos depois, mais precisamente em 1995, o romance original ganhou um argumento do próprio autor, que se juntou aos roteiristas Jonathan Hensleigh (Viagem ao Grande Deserto), Greg Taylor (A Pequena Espiã) e Jim Strain (Bingo), com o objetivo de adaptar sua obra para o cinema. Com a direção de Joe Johnston (Pagemaster – O Mestre da Fantasia), Jumanji, lançou nas telonas em todo o mundo, estrelado por Robin Williams, Bonnie Hunt, Kirsten Dunst, Bradley Pierce, Jonathan Hyde, e Adam Hann-Byrd.

Apesar das críticas, em sua maioria negativa, o filme foi um sucesso de público e ganhou uma série animada entre os anos 1996 a 1999, além de uma continuação no cinema. Trata-se de Zathura: Uma Aventura Espacial, dirigido por Jon Favreau (Elf – Um Duende em Nova York), a partir do roteiro escrito pela dupla David Koepp (Jurassic Park – Parque dos Dinossauros) e John Kamps (Os Pequeninos) e estrelado por Jonah Bobo, Josh Hutcherson, Dax Shepard e Kristen Stewart.

Mas não parou por aí, a obra ganhou mais uma adaptação para o cinema, desta vez, uma produção Sony / Columbia Pictures, Jumanji: Bem-Vindo à Selva, que estreia nesta quinta-feira, 04 de janeiro, em circuito nacional.

Nesta nova aventura, quatro adolescentes em detenção escolar, são sugados para o mundo de Jumanji. Quando eles descobrem um antigo console de videogames com um jogo que nunca ouviram falar, todos são imediatamente empurrados para o cenário da selva do jogo, nos corpos de seus avatares, interpretados por Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart e Karen Gillan. O que eles descobrem é que não jogam Jumanji – Jumanji os jogam. Terão como missão ir à aventura mais perigosa de suas vidas, ou estarão presos no jogo para sempre.

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Esse é o tipo de filme que é a “marca registrada” de Dwayne Johnson, ou simplesmente, “The Rock”, como é conhecido. Aqui, ele se aventura no papel de um fortão que arrebenta com a cara de todo mundo, sem se esforçar tanto. Já Karen Gillan não convence tanto. Em alguns momentos, parece que a mesma encontra-se isolada dos demais personagens, chega a ser é um pouco estranha. Bobby Cannavale, é outro que faz o esquisito e caricato Van Pelt, vilão da história. No clássico, Cannavale interpretou um caçador.

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Nick Jonas, que substituiu Tom Holland, este estava com a agenda cheia, gravando Homem-Aranha: De Volta ao Lar, não foi uma substituição à altura, mas também não foi desastroso. No final, quem roubou todas as cenas foram Kevin Hart e o sempre engraçado Jack Black, ambos bons alívios cômicos. As poucas gargalhadas do público, serão nos momentos em que a dupla aparecem em cena. Robin Williams (in memoriam) ficaria satisfeito. Com essa turma, fica difícil lembrar dos quatro estudantes (personagens teens).

O roteiro escrito a oito mãos, faz uma homenagem ao clássico. Mas inova ao criar uma atmosfera sob medida para o novo longa-metragem, como os cenários com ar mais aventureiro ou na substituição do jogo de tabuleiro por um vídeogame, o que remete aos elementos mais contemporâneos. Com certeza, agradará seu público específico: crianças, adolescentes e jovens.

O polêmico figurino de Laura Jean Shannon (Homem de Ferro), é uma mistura de Lara Croft com Indiana Jones. O que não é negativo. Muito pelo contrário, o resultado ficou legal e dá uma sensação de nostalgia e um clima de aventura na selva.

Jake Kasdan (Professora Sem Classe) entrega ao espectador, uma agradável e divertida produção, que vai satisfazer a galera nas férias de janeiro. Assumir um projeto arriscado como este, não é para qualquer um. Só pela coragem, o diretor já tem crédito garantido, por assumir tamanho desafio.

Divertido, Jumanji: Bem-Vindo à Selva, apresenta uma trama envolvente, com bons efeitos visuais, uma fotografia que ambienta bem a selva, cheio de ação e aventuras para o espectador. Faltou boas atuações e química entre todos do elenco. Mas, com certeza, o resultado é uma surpresa.

?Frank Masi / Sony Pictures

Texto escrito por Alyson Fonseca.

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