Crítica | Escape Room

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Uma experiência divertida e imersiva, porém limitada pelo próprio roteiro.

“Passando por momentos complicados em suas respectivas vidas, seis estranhos acabam sendo misteriosamente convidados para um experimento inusitado: trancados em uma imersiva sala enigmática cheia de armadilhas, eles ganharão 10 mil dólares caso consigam sair. Mas quando percebem que os perigos são mais letais do que imaginavam, precisam agir rápido para desvendar as pistas que lhes são dadas.”

Filmes que mostram pessoas lutando por suas vidas em um jogo sádico não é bem uma novidade para as telonas, mas mesmo assim, continuam despertando a curiosidade e interesse dos espectadores, a prova disso é a existência de oito filmes da franquia Jogos Mortais. Escape Room até se assemelha a famosa franquia em alguns aspectos, mas a classificação indicativa e a forma como ele é conduzido o diferencia dela.

O longa, com sucesso, cria uma aproximação nossa com seus protagonistas durante o 1º ato, e aproveita para desenvolver os traumas e segredos deles em flashbacks pontuais ao longo do filme. Mesmo que não haja em Escape Room um show de atuações, o elenco em parte, cumpre bem com o que é proposto para o longa, Deborah Ann Woll e Logan Miller, são os que mais registram, mesmo com as limitações que o roteiro os impõe.

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A direção de Adam Robitel(Sobrenatural: A última Chave), é boa, e se demonstra eficiente em criar tensão, e divertir o público nas diferentes salas desafiadoras, algumas muito criativas, outras nem tanto, as quais os personagens enfrentam. Mas, a boa direção de Robitel também se atropela e juntamente com o previsível roteiro de Bragi F Schutz e Maria Melnik, vai com muita cede ao pote, e acaba nos entregando seu plot bem antes do nescessário, o que faz com que a partir da metade do ato final, o filme não saiba mais onde parar, e continua até entregar todos os seus mistérios e segredos, de forma enfadonha, excessivamente explicativa aos espectadores.

Outro defeito de Escape Room, é sem dúvidas a classificação indicativa. Ela limita muito do potencial existente em alguns momentos, e acaba prejudicando a narrativa, justamente por que além dos desafios perigosos que enfrentam, os traumas de seus protagonistas precisavam ser explorados de maneira mais dura.

Mesmo com seus defeitos, Escape Room, consegue divertir bastante e criar faíscas de tensão durante seus 100 min de duração. E isso se deve a boa direção de Robitel, qua apesar de falhar em alguns momentos, como já descrevi, ainda faz um ótimo trabalho, e se deve também a um design de produção criativo, e inventivo, que ajuda a nos colocar na experiência imersiva proposta pelo longa. O bom valor de entretenimento e a diversão que o longa proporciona podem ser o que você procura assistir num fim de semana a noite pra descontrair.

Assista o trailer:

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