Crítica | Disjointed, a segunda parte já está disponível

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Se você é do tipo que fica zapeando pelo catálogo da Netflix, é possível que já tenha se deparado com Disjointed. Uma série de comédia estrelada por Kathy Bates e assinada por Chuck Lorre.

A série estreou no ano passado e recentemente teve a sua segunda parte lançada pela Netflix. Não se trata da segunda temporada, e sim do restante da primeira. Só resta saber, continua engraçada?

Tudo aquilo que nós dissemos sobre a primeira parte está presente na segunda. Ainda é possível rir do humor despretensioso e algumas cenas de nonsense permanecem divertidas. O problema é, até quando?

Sem trazer nada de novo para a mesa, os produtores pareceram apostar em doses cavalares de mais do mesmo. Por exemplo: o casal Dank e Dabby (Betsy Sodaro e Chris Redd), funcionaram bem como um alívio ultracômico aos momentos de reflexão da primeira parte, já nos novos episódios, o uso desmedido das cenas com o casal acabaram fazendo com que alguns episódios sejam de puro besteirol.

E o mesmo pode ser dito sobre a relação entre Ruth e o seu filho Travis (Kathy Bates e Aaron Moten). No início, nós rimos e achamos divertido a diferença de ideologias destes personagens, mas, não dá para manter a mesma fórmula para sempre.

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Algo que me incomodou bastante foi a forma como os roteiristas resolveram o ponto de virada entre as duas partes. No último episódio da parte 1, a série estabeleceu um problema, aparentemente, grave e de grandes consequências para o desenvolvimento da história. Esse problema foi ignorado pelos produtores, que continuaram no episódio seguinte quase como se nada tivesse acontecido, mantendo apenas ele como uma nota de rodapé.

Mas nem tudo são más notícias, Carter e Jenny (Elizabeth Ho e Tone Bell) formam uma dupla que funciona muito bem, e a personagem Maria (Nicole Sullivan) também está mais interessante nesta temporada.

Outro destaque é o personagem Tae Kwon Doug – adoro esse nome – interpretado por Michael Trucco (antes que você fique pensando “meu! De onde eu conheço esse cara?!”, já vou te dizer. Ele fez Hush: A Morte Ouve e apareceu em um episódio de The Big Bang Theory). Tae Kwon Doug ganhou espaço nessa série e até um arco dramático para o seu personagem.

O que se mantêm funcionando muito bem são as transições entre as cenas. E por último, as animações são um ponto forte da série, elas permanecem instigantes e não perderam a sua força narrativa. Na história da Maria existe uma animação que é quase como um curta-metragem de tão bem elaborada.

Basicamente é isso

Disjointed chega a sua segunda parte e, apesar de alguns problemas, continua engraçada. Se você gostou da primeira é provável que também goste da segunda. Todos os elementos estão presentes, os personagens evoluíram em alguns aspectos e as piadas ainda funcionam. Existe um senso de evolução na narrativa e um rodízio entre os personagens. Alguns deles que tiveram grande destaque na primeira metade agora estão no plano de fundo. Disjointed é simples e divertida, só resta saber, até quando?

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