Crítica | A Noite do Jogo

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“A Noite do Jogo” apresenta resultado mais do que satisfatório, cumprindo sua promessa de divertir e levar humor ao espectador. (? Warner Bros. Pictures / Divulgação)

A Warner Bros. Pictures encontrou a fórmula do sucesso para a produção de um ótimo filme do gênero comédia. A prova disso, está no sucesso da franquia Se Beber Não Case, que conta a história de Doug Billings (Justin Bartha), Stu Price (Ed Helms), Phil Wenneck (Bradley Cooper) e Alan Garner (Zach Galifianakis), o filme ganhou elogios do público e críticas positivas. Ou quem não gostou dos dois filmes Quero Matar Meu Chefe, que identifique-se! Começou o ano de 2018 com o lançamento do também elogiadíssimo Artista do Desastre, onde dois amigos (Vividos pelos irmãos Dave e James Franco)  lutam para produzir, financiar, dirigir, escrever e protagonizar o longa-metragem que o catapultará ao estrelato: The Room. Apesar do original, The Room, ser considerado um filme ruim, o mesmo não aconteceu com Artista do Desastre, que foi ovacionado e garantiu um Globo de Ouro de “Melhor Ator em Comédia ou Musical” para James Franco e que sofreu boicote, em virtude do protagonista ser alvo de denúncias de assédio sexual, logo após a cerimônia do Globo de Ouro, em janeiro deste ano. E os estúdios não parou por aí e produziu seu mais novo longa do gênero. Trata-se de A Noite do Jogo, que estreia nesta quinta-feira, 10 de maio, em circuito nacional, repetindo a fórmula de sucesso, apresentando uma ótima comédia que faz a plateia rir do início ao fim.

No filme, quando o carismático irmão de Max, Brooks, organiza uma festa de assassinato e mistério, com direito a bandidos e agentes federais falsos, o mesmo é “coincidentemente” sequestrado, tudo deveria fazer parte do jogo… certo? Só Que Não! Seis jogadores extremamente competitivos se propõem a resolver o caso e vencer o jogo, eles descobrem que nem o “jogo” nem Brooks eram o que aparentavam. No decorrer de uma noite caótica, os amigos ficam cada vez mais envolvidos, à medida que cada reviravolta leva a um rumo inesperado. Sem regras, pontos e sem saber quem são todos os jogadores, este pode se tornar o jogo mais divertido de suas vidas… ou o fim delas.

Não é possível escrever este artigo, sem começar a falar no roteiro escrito por Mark Perez (Aprovados) e frisar o quão inteligente, bem desenvolvido, cheio de referências da cultura pop, recheado de diálogos e tiradas que só Perez conseguiria criar. É o roteiro! Não é aquela comédia exagerada, mas um conteúdo bem escrito, onde o humor tem seu espaço, com sequências de ação bem feitas. O resultado é o que o filme propõe: muitas gargalhadas, diversão e entretenimento, sem deixar de ser inteligente e sensacional.

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Mas se o roteiro é ótimo, para que o produto também apresente o resultado, precisa de uma ótima direção. E aqui a dupla John Francis Daley e Jonathan Goldstein (Férias Frustradas) põe em prática o que está bem descrito na teoria (roteiro). O trabalho da direção é impecável e muito rico, tanto no quesito técnico, quanto no quesito artístico. Somado ao elenco é sensacional, não poderia ser diferente. As sequências de ação, onde todos precisam desvendar o sequestro, são de tirar o fôlego e a diversão é garantida. Os maior elogio vai para a sequência de extração da bala de revólver.  O clímax também merece atenção especial do espectador. A trilha sonora de Cliff Martinez (Solaris) traz ótimas composições que combinam com toda a atmosfera da trama e apresenta canções que inclui, por exemplo, Don´t Stop Me Now We Are The Champions, da banda britânica Queen.

O elenco encabeçado por Jason Bateman, Rachel McAdams, Kyle Chandler, Sharon Horgan, Billy Magnussen, Lamorne Morris, Kylie Bunbury e Jesse Plemons estão monstruosamente engraçados. Quando essa “gangue” da comédia se junta ninguém consegue ficar sério ou triste. As trapalhadas é do tamanho do elenco principal. Até Kabby Borders, que faz uma ponta como a “loira burra”, traz as melhores respostas. É uma burrice muito engraçada, carregada de bom humor. Plemons está hilariante, na pele de um policial muito esquisito, que foi abandonado pela esposa. De todos os principais, Bateman e McAdams, que vivem o casal protagonista, são os personagens centrias. Mas se engana quem achar que o filme se concentra apenas em ambos ou se eles roubam todas as cenas. O elenco é bem aproveitado, competente e talentoso, cada um tem a sua chance e a oportunidade de apresentar seu bom trabalho, dentro de seus respectivos espaços.

A Noite do Jogo é mais uma grande comédia dos estúdios da Warner Bros. Pictures em parceria com a sua New Line Cinema. É uma legítima comédia, onde o humor é garantido, recheado com muita aventura. Vale o combo completo e, com toda a certeza o ingresso pago. Merece uma sequência, aliás é possível, já que o final é aberto para uma merecida continuação. Uma dica: não saia da sala antes dos créditos finais, após uma engraçada surpresa lhe espera.

Assista ao trailer: 

Texto escrito por Alyson Fonseca.

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