Control Z: Precisamos falar sobre

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Control Z, série adolescente recém chegada na Netflix, veio seguida de temas importantes e controvérsias.

Quem costuma assistir as séries da Netflix sabe que séries adolescentes são um grande clássico da plataforma. Control Z segue essa estrutura, a trama conta com os grandes estereótipos encontrados nas escolas: grupo de valentões que escolhem uma vítima para praticar bullying; pessoas consideradas diferentes por não se adequarem àquele padrão de comportamento; as aclamadas rainhas, entre outros.

[PODE CONTER SPOILERS]

Sobre a série Control Z

A série mexicana tem a escola movimentada quando um hacker começa a expor segredos dos alunos, nesse sentido, a série se aproxima um pouco do contexto apresentado em Gossip Girl, entretanto, os segredos expostos em Control Z acabam tomando grandes proporções, muitas delas irreparáveis.

A produção mexicana conta com a protagonista Sofí (Ana Valeria Becerril), adolescente observadora e que não tem muitos amigos na escola, que se movimenta para descobrir quem é o hacker misterioso que está expondo os segredos das pessoas. No processo de descoberta ela acaba contando com a ajuda de Javier (Michael Ronda), aluno novato, e Raul (Yankel Stevan).

Mas além deles, Control Z possui um grande leque de personagens, cada um representado de uma forma.

Falando sobre inclusão em Control Z

A série se mostra inclusiva no que diz respeito à distribuição dos personagens, pois conta com personagens LGBTS, entretanto, a série tem pouco tempo para abordar os temas de forma mais profunda.

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É válido salientar que a série contém momentos que podem causar desconforto para quem está assistindo, pois há, de forma bastante explícita, violência, automutilação, LGBTfobia e bullying.

No entanto, apesar da abordagem rasa, o telespectador ainda assim pode ser convidado a pensar nos temas de forma mais profunda, além de pensar também na produção de sentido que as ações das pessoas podem causar às outras.

Situações de negligência

Além dos temas citados anteriormente, é possível reconhecer também tanto a negligência familiar, quanto a negligência no contexto escolar. A negligência familiar se faz presente na série nos momentos em que os filhos cometem atos prejudiciais, mas não são responsabilizados, pois os pais acabam isentando os filhos de forma fácil por serem pessoas influentes.

Já a negligência escolar se dá pelo papel representado pelo diretor Quintanilla (Rodrigo Cachero), que acaba acatando as chantagens feitas pelos pais que têm certa influência e que podem prejudicar a imagem da escola, fazendo assim com que o diretor se isente de participar de forma mais ativa no que acontece na escola, como o bullying e transfobia.

Conclusão sobre a série

Apesar de alguns pontos que podem ser melhor apresentados, Control Z é uma série que prende a ponto de você sentir vontade de maratonar, principalmente por ter apenas oito episódios.

Mas diante dos questionamentos realizados ao assistir a série, é válido ressaltar a necessidade, para a próxima temporada, que já foi confirmada, de se atentar à discussão rasa sobre temas que merecem um aprofundamento para que a série não acabe se perdendo.

Além disso, é de extrema importância, para quem assistir a série, ter cuidado com relação aos momentos explícitos de violência, bullying, automutilação e lgbfobia.

Gostou de saber mais sobre Control Z?

Obrigada por ter nos acompanhado até aqui! Fique de olho nos próximos textos do Blog Demonstre, enquanto isso separei um especialmente para você: Crítica: The Midnight Gospel.

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