A história do desastre nuclear de Chernobyl por si só já é intrigante. A minissérie da HBO, de mesmo nome, nos leva até esse mundo e mostra a verdade por trás dele. A série não só expõe os culpados como aponta as soluções tomadas pelo até então governo da URSS na época. Com Jared Harris, Stellan Skarsgård e Emily Watson no elenco, a série de Craig Mazin é facilmente uma das melhores produções já feitas pela HBO.
Como um reator RBMK explode?
A minissérie por parte dos três episódios iniciais gira em torno dessa pergunta. Então, como um reator de tamanha infraestrutura e potência pôde explodir? Valery Legasov (Jared Harris), o químico responsável por investigar Chernobyl já sabia a resposta, mas temia pela sua vida. O projeto, tido como infalível na URSS, não foi bem projetado para receber erros. O seu comandante, Boris Scherbina ( Stellan Skarsgård ) estava aflito e não conseguia entender o problema ocorrido. Todo o clima da série é tenso e se estabelece de forma tão uniforme que parece que estamos lá. As imagens, os relatos e a explicação dos minímos detalhes de Chernobyl fascinam seu telespectador de muitas formas. Ao mesmo tempo que a URSS procura conter o desastre, ela lamenta, pois ele já está feito. Milhares de pessoas serão prejudicadas pelo desastre, e outras ainda, serão diretamente prejudicadas pela URSS.
Os acontecimentos reais
Apesar da série não ser 100% fiel aos detalhes no desastre, a maior parte dos relatos incríveis estão lá. Como o sacríficio dos bombeiros, que foram os primeiros a ter contato com a radiação, sendo assim, os primeiros a serem prejudicados severamente. O caso de emocionante de Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley), a esposa que perdeu seu esposo bombeiro pela radiação recebida por ele. Ou até mesmo a história do antagonista da trama Anatoly Diatlov (Paul Ritter), engenheiro-chefe da usina de Chernobyl que escondeu informações cruciais sobre o desastre. Além disso, os lamentáveis ”robôs-humanos” utilizados para tirar a radiação em Chernobyl, e os que tiveram que sacrificar os cães do lugar realmente existiram.
Os detalhes e a crítica de Chernobyl
Os detalhes da produção são fantásticos. O chocante quarto episódio, quando é demonstrada as atrocidades que o governo soviético teve que fazer para conter a radiação; o fechamento das ações de cada personagem no último episódios, os roteiros e diálogos. E o mais importante, a crítica presente na minissérie. É clara a informação de que a URSS cometeu atitudes desumanas e não se importou com isso, ao esconder das pessoas. Além disso, Chernobyl mostra até onde o ser humano pode chegar em suas ambições catastróficas e abomináveis.
Chernobyl é uma das gratas surpresas da HBO em 2019. Que venham mais histórias, que nos façam refletir sobre nós mesmos, e ao mesmo tempo, sejam de qualidade em todos os aspectos.
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