Aladdin | A incrível fidelidade (e nostalgia) do live-action da Disney

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O live-action de Aladdin é a demonstração que a Disney consegue fazer adaptações fiéis e boas de suas animações. Ainda mais, Aladdin consegue conciliar o material original com a modernização (que são poucas), fazendo uma coesão quase que uniforme. Neste artigo, vamos citar os pontos altos e baixos do live-action, fazendo jus à análise do longa.

A beleza de Aladdin

Inegavelmente, o filme possui um dos figurinos mais bonitos já feitos. A caracterização dos personagens é marcante, assim como na animação original, além dos cenários árabes. As coreografias, o próprio gênio interpretado por Will Smith ficou visualmente aceitável.

A redenção do elenco de Aladdin

A princípio, a escalação de nomes como Naomi Scott (Princesa Jasmine), Mena Massoud (Aladdin) e Will Smith (Gênio) gerou críticas por parte dos fãs. Segundo os mesmos, tais atores citados não poderiam fazer uma versão digna da animação, e isso aumentou com a vinda do trailer. Além disso, a crítica do visual do Gênio de Will Smith foi enfática devido ao CGI ”artificial” demonstrado no trailer. Porém, isso tudo mudou com a vinda do longa. O CGI do Gênio, obviamente, foi melhorado e o elenco interpretou muito bem seus respectivos personagens. Um grande destaque para esses três citados, por suas atuações.

Mudanças no filme

O material do live-action é muito fiel à animação, porém, existiram algumas mudanças no filme. Felizmente, as mudanças feitas no filme foram bem adaptadas. O empoderamento da Princesa Jasmine, não necessitando de um ”marido ideal” e sim de ter um objetivo de ser sultana, o destino do Gênio terminando com uma mulher e dois filhos, além da história ser narrada pelo próprio Gênio são as mudanças. A personagem Dalia (Nasim Pedrad), que foi acrescentada à trama, é essencial para o desenvolvimento ”humano” do Gênio e de Jasmine, visto que posteriormente ela se casa com o Gênio e tem filhos. Apesar das agradáveis mudanças, fique tranquilo. Todo o resto da animação assim como as marcantes músicas são mantidas, assim como o plot do filme.

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Mas..nem tudo é perfeito

Talvez um dos pontos fracos que se tornou mais vísivel no filme seja o antagonista Jafar e seu papagaio Iago. Interpretado por Marwan Kenzari, o personagem foi o que mais sofreu mudanças (ruins) no processo de adaptação. Na animação, Jafar é imponente, possui um ar maléfico e impõe respeito a quem lhe desafia. Além disso, o vilão não poupava esforços ao usar seus feitiços contra seus oponentes. No filme, pelo ator ser jovem, ele acaba perdendo aquela imponência e se assemelha mais como um jovem frustrado e rebelde, do que um feiticeiro maligno. A essência do Jafar e de sua maldade, que de certa forma chegava a ser quase caricata e carismática, desapareceu no filme, sendo quase inexistente.

Igualmente aconteceu com Iago, que apesar de ser um personagem de CGI, se esperava muito do ajudante de Jafar. Na animação, ele possuía um forte tom sarcástico e maléfico, assim como seu dono. No filme, Iago se limita à repetir as palavras de Jafar (como um papagaio comum) e fazer piadas uma vez ou outra.

Aladdin não é um filme perfeito, mas representa bem a essência original da animação. Pode-se dizer, que ao contrário de A Bela e a Fera, Cinderela e etc, conseguiu juntar boas mudanças e manter a magia das animações da Disney. Que os próximos live-actions da produtora, possam ser tão bem resolvidos quanto Aladdin foi.

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Aladdin está em cartaz nos cinemas.

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